terça-feira, 10 de novembro de 2009

Saiba mais sobre a Etiópia




História


O nome histórico de "Etiópia" não corresponde ao país que resultou da expansão da Abissínia (a Etiópia que conhecemos). "Etiópia" é uma palavra grega que significa o país dos "caras queimadas". Nos tempos antigos, os europeus que falavam o grego chamavam a todos os países onde moravam negros de "Etiópia", sem distinguir reinos nem países. Portanto, Etiópia, segundo os gregos (em cujo idioma foi escrita a parte da Bíblia conhecida como Novo Testamento, e que menciona "Etiópia" várias vezes), poderia ser a Núbia do sul do Egito e Sudão, que também era um reino cristão naquela época, ou poderia ser o reino de Axum, que se concentrava nos arredores da Eritréia e ao norte da Etiópia mesmo, mas não há certeza histórica sobre isso.

Mesmo assim, as terras que constituem a moderna Etiópia como país têm uma das histórias mais antigas do mundo. Segundo descobertas recentes, a espécie Homo sapiens pode ter sido originada nesta região – Etiópia, junto com os países vizinhos de Eritréia, Sudão, Djibouti, Somália e SomalilândiaSabá (ou Shebah) no Iêmen referidos na Bíblia que, aparentemente, por volta do ano 1000 a.C., abrangiam todo o Corno de África e parte da Península Arábica. Fontes gregas referem que o reino de Axum era extremamente rico no século I e a cidade de Adulis (que fica no país vizinho de Eritréia) é frequentemente mencionada como um dos mais importantes portos de África. Registos oficiais, contudo, colocam a cidade de Axum como a capital onde se encontrava a corte da Rainha de Sabá. Esse reino tinha, no século II, direito a tributo de estados da Península Arábica e tinha inclusivamente conquistado o reino meroítico de Kush, no atual Sudão. Há indicações do carácter cosmopolita desse reino, com populações judaicas, núbias, cristãs e mesmo minorias budistas. hospedaram também o reino de Axum cujas origens remontam aos reinos de

Em 1936, a Itália finalmente realizou seu "sonho" de colonizar o território etíope. Porém, o território etíope foi dominado pela Itália por um curto tempo (5 anos). Em 5 de março de 1941, o líder etíope Haile Selassie restaurou o território da atual Etiópia como um país, terminando com a ocupação italiana. Isto é, a Etiópia reconquistou a sua independência em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial.
Haile Selassie permaneceu como imperador sob um regime absolutista até 1974, quando foi deposto por um golpe militar. Entre os motivos que ocasionaram o levante estão os escândalos envolvendo privilégios para sua corte e a fome que assolava o paí




Geografia


 




A Etiópia está localizada no nordeste de África, entre as latitudes 6º - 15º N, tem uma área total de 1.127.127 km² e 5311 km de fronteiras terrestres (é um país interior) com: Eritreia, a norte (912 km), Quénia, a sul (830 km), Somália (1626 km) e Djibouti (337 km), a leste e Sudão, a oeste (1606 km).

O país é cortado a meio, na direcção nordeste-sudoeste, pela Grande Vale do Rift, o que lhe confere uma configuração particular. É formado por dois planaltos montanhosos, um de cada lado do Vale e, a leste, junto à Somália, uma grande planície semi-desértica; a nordeste, partilha com o Djibouti o Triângulo de Afar, que é também uma planície desértica e vulcânica.







Subdivisões





 
   1. Addis Ababa *
   2. Afar
   3. Amhara
   4. Benishangul-Gumaz
   5. Dire Dawa *
   6. Gambela
   7. Harari
   8. Oromia
   9. Somali
  10. Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul
  11. Tigray

Economia


Aproximadamente 80% da população sobrevive da agricultura, que é a espinha dorsal da economia etíope, respondendo por cerca de 90% do PIB. As exportações principais do setor são café, sementes oleaginosas, leguminosas (feijão), flores, cana-de-açúcar, forragem para animais, e uma planta conhecida por qat, que prossui propriedades psicotrópicas quando mascada. Outros produtos agrícolas importantes são cereais: trigo, milho, sorgo, cevada e o teff, cereal nativo que constitui a base da alimentação no país. As condições naturais são favoráveis à agricultura, mas as técnicas agrícolas são arcaicas e, portanto, a produção se limita ao nível de subsistência. A economia etíope é eminentemente agrícola e se encontra entre as mais atrasadas do mundo. Como ocorre com a maior parte dos países africanos, a Etiópia tem, no subdesenvolvimento e na fome, seus maiores problemas. As secas periódicas, a erosão e o esgotamento do solo, o desmatamento, a alta densidade populacional e a infra-estrutura precária tornam difícil o abastecimento satisfatório dos mercados. Os camponeses foram reunidos nas cooperativas e granjas do Estado, mas essas medidas oficiais, destinadas a melhorar a produção agrícola, tiveram pouco êxito. A pesca, a pecuária e as atividades extrativas também apresentam problemas relacionados com métodos ainda rudimentares de produção. O setor industrial (alimentos, couro, calçados, produtos têxteis, metalúrgicos e químicos) é incipiente. O governo incentivou também o turismo. Para isso melhorou os parques nacionais e a infra-estrutura hoteleira. Metade da população, ( a terceira maior da África, perdendo apenas para o Egito e a Nigéria) Sofre de subnutrição crônica.


Política

A República Federal Democrática da Etiópia foi proclamada em 1995 por uma Assembleia Constitutiva eleita em 1994. Em eleições gerais, Meles Zenawi foi constitucionalmente proclamado Primeiro Ministro.

O sistema de governo baseia-se na repartição do poder entre nove regiões administrativas], delimitadas segundo critérios étnicos, e um Parlamento forte, integrado por uma câmara baixa com 548 representantes (Conselho de Representantes do Povo) e pelo Senado com 108 assentos (Conselho Federal).

Os representantes do povo são eleitos por voto popular direto, enquanto que os senadores são designados pelas regiões administrativas.

O Presidente da República exerce funções mais protocolares, sendo designado por ambas as casas do Parlamento. O atual ocupante do cargo é Girma Wolde Giorgis, que substituiu Negaso Gidada, em Outubro de 2001.

O Chefe de Governo e mandatário de fato, igualmente designado pelo Parlamento, é o Primeiro-Ministro, Meles Zenawi, no poder desde Agosto de 1995.

O Governo é dominado pela Frente Democrática Revolucionária Popular da Etiópia (EPRDF), coalizão de grupos rebeldes que assumiu o poder em 1991, após longo período de conflitos internos.

A Constituição, promulgada em agosto de 1995, formalizou o atual sistema de "federalismo étnico", concedendo, em teoria, ampla autonomia às regiões administrativas, inclusive o direito de votar pela secessão. Na prática, as regiões estão fortemente submetidas ao controle financeiro do governo central.

A importância da Etiópia no contexto da África cresce em razão de sua capital constituir a sede da União Africana, órgão regional que sucedeu, em 2001, à Organização da Unidade Africana, igualmente instalada em Adis Abeba, em 1961.

Na capital etíope, também se encontra a Comissão Econômica para a África e estão instaladas mais de 70 representações diplomáticas de países de todos os continentes. A Etiópia integra o COMESA – Mercado Comum da África Austral e Oriental, bem como a IGAD – Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento.

Secas periódicas assolam o país, mas dois terços das terras são férteis e a região tem muitos lagos. Cereais e café são as culturas predominantes. Ainda hoje o país sofre as conseqüências da longa guerra civil iniciada nos anos 1960.

Na década de 80, o país é assolado por uma grande fome, provocada pela seca e pela guerrilha da província separatista da Eritréia (ex-província etíope), que conquista sua independência nos anos 90, fechando o acesso da Etiópia ao Mar Vermelho.

Em Julho de 1977, a Etiópia é invadida pela Somália, que defende o separatismo de comunidades somalis no Deserto de Ogaden ou Ogadén



Cultura




A Etiópia tem uma cultura predominantemente marcada pelas religiões professadas pelos seus vários povos (pelo que é designada frequentemente como "Museu de Povos"). Local onde se cruzaram tendências religiosas judaicas, cristãs (coptas) e muçulmanas, a religião é quase sempre o ponto de referência para a produção cultural, da qual se destaca a música que recebeu influências das tribos circundantes e do Egito - como o uso de sistros e tambores deixa perceber.




Videos e Imagens













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